quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Foto 536: Vida própria

Foi na etapa da Bol'dor FIM EWC em Paul Ricard neste último final de semana. E com direito a olé da moto nos comissários.




domingo, 20 de setembro de 2015

GP de Cingapura: Como nos velhos tempos

Olhar a pilotagem de Sebastian Vettel hoje em Cingapura, me fez relembrar os seus velhos tempos na Red Bull, onde ele dominava amplamente enquanto o restante fazia o que podia para tentar acompanhá-lo. A verdade é que a sua pilotagem nesta pista citadina fica ainda mais vistosa, sabendo onde colocar o carro em cada centímetro do traçado de Marina Bay.
E tem sido interessante ver também a sua condução num carro que é claramente a segunda força no mundial e que neste fim de semana este muito superior aos demais, inclusive a Mercedes que tem sido o carro a
ser batido.
Apesar de Sebastian ainda alimentar a esperança de vencer o campeonato, mesmo estando 49 pontos atrás de Lewis, a prova de semana em Suzuka é que indicará se realmente a Ferrari ressurgiu ou que se essa prova foi apenas um ponto fora da curva.
Mas ao mesmo tempo, é inegável que o horizonte que se enxerga para 2016 para os lados de Maranello é o mais promissor.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

A tragédia de Dundrod, 1955



A terceira vitória: Stirling Moss comemora o seu terceiro triunfo no circuito irlandês
(Foto: emercedesbenz.com)

Para aqueles que tiverem acesso aos livros de história do Mundial de Carros Esporte, verá que as batalhas entre Mercedes, Jaguar e Ferrari na temporada de 1955, foram das mais ferrenhas do motorsport de todos os tempos. Os duelos entre  Jaguar e Mercedes, principalmente, foram o ponto alto daqueles tempos, onde tanto os ingleses quanto os alemães, conseguiam extrair o máximo de tecnologia para a construção de seus carros. A disputa hipnótica que estava acontecendo em Le Mans foi uma prova disso: a eficiência mecânica dos Mercedes 300SLR sendo postos a testes frente a velocidade pura dos elegantes Jaguares D-Type, fazendo daquela disputa totalmente uma loteria e que poderia ser decidida na última hora numa chegada cinematográfica... Ou decidida por uma quebra, tamanha era o ritmo brutal que as duas fábricas colocaram naquelas horas iniciais. Mas o terrível acidente entre Lance Macklin e Pierre Levegh, que levou outras oitenta vidas, devido os destroços do Mercedes de Levegh que voou por sobre a arquibancada principal, ensombrou a competição. Apesar das várias discussões que aconteceram no decorrer das horas pós-acidente, a Mercedes tomaria a decisão de retirar seus carros do certame. Por mais que essa decisão tenha afetado diretamente as suas duas duplas, que estavam com chances de sair de Sarthe com a segunda conquista para a marca em três anos, acabou por ser a mais correta frente ao que havia acontecido no inicio da noite. A Jaguar também receberia essa sugestão da Mercedes, mas deu de ombros, deixando para que a dupla Mike Hawthorn e Ivor Bueb vencesse as 24 Horas de Le Mans.
Após todos estes acontecimentos, o Mundial voltaria três meses depois, para a disputa do Tourist Trophy – que estava noseu Jubileu de Ouro na época – em Dundrod, na Irlanda.
A pista irlandesa situada ao leste de Belfast, já era bem conhecida pelos pilotos do Mundial de Sportscar devido a outras duas visitas em 1953 e 54. As provas pelos quase 12 km do traçado de Dundrod, encravado numa zona rural, era de ruas bem estreitas que mal cabiam um carro. Por outro lado era bem
O traçado de Dundrod
veloz e isso era o que mais assustava: pela proximidade de barrancos, arbustos, árvores, cercas de arame farpado e de madeira, ladeavam aquela estreita pista, qualquer escapada em alta velocidade teria proporções bem dramáticas. Isso sem contar nas várias curvas com pontos cegos, curvas velozes feitas em descida... E por aí vai. John Fitch, piloto americano da Mercedes, era um dos críticos ferrenhos daquele circuito.
O Tourist Trophy se deu nos dias 15, 16 e 17 de setembro - existe uma confusão de datas dessa corrida, onde em alguns lugares ela indica ter sido no dia 17 e outros no dia 18. A maior parte confirma o dia 17 - e reuniu 55 carros para os treinos, sendo que cinqüenta é que obtiveram lugar no grid de largada. A Mercedes levou três 300SLR para Juan Manuel Fangio/ Karl Kling (#9), Stirling Moss/ John Fitch (#10) e Wolfgang Von Trips/ André Simon (#11). A Jaguar levou apenas um D-Type #1 para esta prova que foi conduzido por Mike Hawthorn/ Desmond Tettirington. A Ferrari, que defendia a liderança no Mundial de Marcas, levou três carros: Eugenio Castellotti/ Piero Taruffi (#4); Umberto Maglioli/ Maurice Trintgnant (#5) e Olivier Gendebien/ Masten Gregory (#6). Alguns nomes que fariam sucesso na F1 nos anos seguintes, também estiveram presentes nessa prova: Colin Chapman dividiu o volante da sua Lotus Climax Mark IX com Cliff Allison e obteve a segunda colocação na classe S1.1 e a 11ª posição no geral; Jack Brabham esteve presente no fim de semana, quando dividiria o Cooper Clima T39 com Jim Mayers.
Os treinos foram de domínio da Mercedes, especialmente com Moss/ Fitch, que conseguiram a pole position, mas em segundo aparecia o solitário e temido Jaguar de Hawthorn/ Tettirington. Em terceiro o Ferrari de Gendebien/ Gregory, seguido pelo Mercedes de Fangio/ Kling. As três melhores fábricas da competição dividindo as quatro primeiras colocações. Certamente, para o público que estaria presente no dia seguinte e mais a imprensa, aquele Jubileu de Ouro do Tourist Trophy tinha tudo para ser um dos melhores. Mas infelizmente não foi...
O dia da corrida amanheceu com tempo quente, mas a previsão para o momento em que a corrida se desenvolveria era de chuva. Os contratempos já começaram no treino de aquecimento, quando Gendebien sofreu um acidente e destruiu o seu Ferrari, impossibilitando a sua participação na corrida de logo mais. Masten Gregory, que dividiria a Ferrari com o belga, não ficou a pé: conseguiu uma vaga no Porsche 550 Spyder junto de Carroll Shelby e o resultado final foi a vitória na classe S1.1 e a 10ª colocação no geral.
 A largada foi feita no estilo Le Mans e Moss aproveitou bem a ocasião para fazer uma bela partida, deixando toda a confusão para trás e imprimindo um ritmo forte naquele início. Mas aquela volta inicial foi de uma carnificina total: Visconde Du Barry, um daqueles ricaços que alugavam carros de corridas para se divertir, acabou por correr com uma Mercedes 300SLR na classe S3.0 sendo o único privado daquele grupo de elite, mas a sua pilotagem era a pior possível: uma largada que atrasou um bom número de competidores, formou atrás dele um grande comboio que resultou na tragédia quando Jim Mayers (Cooper Climax) tentou ultrapassá-lo numa seção de curvas em descida. Na manobra, o inglês perdeu o controle de seu Cooper e voou de encontro a um poste de concreto onde o carro explodiu e o piloto morreu instantaneamente. Com os fiscais de pista sinalizando incansavelmente, alertando o perigo ao outros competidores, as coisas pareceram piorar quando sete carros também se acidentaram nas proximidades do local onde Mayers perdera a vida. Infelizmente Bill Smith, pilotando um Connaught, teve destino semelhante ao e Jim quando seu carro caiu sobre os destroços do Cooper. Smith morreria horas depois. Num curtíssimo espaço de tempo, cerca de duas voltas, e dois acidentes mortais no mesmo local. A sombra da tragédia de meses antes em Le Mans estava de volta em Dundrod. Du Barry continuou na prova até a 39 volta, quando foi recebeu bandeira preta por causa sua lenta condução. Segundo fiscais de pista, o Visconde chegou a estar fumando enquanto conduzia o carro...
A corrida voltou a sua “normalidade”, com o duelo entre Mercedes e Jaguar a reeditar a batalha que ambas travaram em Le Mans meses antes: uma verdadeira caça de gato e rato, onde Hawthorn, na tentativa de não deixar a Mercedes de Moss escapar, cravava voltas velozes e entre elas a melhor da corrida: 4’42’’0. Mas
Mike Hawthorn estava próximo da conquista do Tourist Trophy, quando
o motor do Jaguar o deixou na mão
(Foto: Graham Gauld)
Stirling não contava com um pneu estourado no seu Mercedes, onde a borracha passou a dechapar e danificar toda a lateral traseira direita. Moss conseguiu levar o carro ao box, onde foi reparado, mas a liderança tinha ido para as mãos da dupla da Jaguar e agora a distância era bem maior. Moss e Fitch passaram a imprimir um desempenho alucinante para descontar toda essa desvantagem. E foi neste momento que a previsão confirmou-se e toda a pista já estava tomada pela chuva. Mais um pouco de drama numa corrida caótica e traumática até ali. Na volta 35 a morte voltou rondar a prova quando Richard Mainwaring, com um Elva Climax, perdeu o controle e saiu da pista e capotou. Sem conseguir sair rapidamente de um carro em chamas, o piloto acabou por morrer ali mesmo. Uma terceira morte era demais para um evento que tinha tudo para ser o mais festivo...
A batalha entre Mercedes e Jaguar continuou pelas voltas que se seguiram, sempre com a dupla da Mercedes a cravar voltas velozes e a dupla da Jaguar a rechaçar qualquer tipo de ameaça. A vitória parecia garantida para a Jaguar quando, na volta 81, Mike Hawthorn encosta o carro com o motor quebrado. A vitória cairia no colo de Moss - a terceira dele naquele traçado - e Fitch, coroando um fim de semana perfeito para a Mercedes que ocupara as outras duas posições com Fangio/ Kling e Von Trips/ Simon. Foi um breve consolo para a fábrica alemã aquela vitória após os eventos de Sarthe.
Para o esporte, que ainda vivia com a tragédia de Le Mans, a corrida em Dundrod foi para esquecer. 


terça-feira, 15 de setembro de 2015

Foto 535: Uma curva para Mansell

A Peraltada não está mais lá. Na verdade, apenas um trecho que corta um velho campo de beisebol é que agora leva o nome da mítica curva que foi alterada ainda no ínicio da década passada, recebendo as provas da CART e ChampCar. A remodelação naquela época foi feita com duas pequenas retas que formavam um ângulo de 90° ligando a entrada da curva para a metade da mesma. Hoje, para receber a F1, a segunda pequena reta, deu lugar a um "S". Claro, para quem viu a velha Peraltada, isso é altamente broxante...
Mas ao menos os mexicanos lembraram de uma das melhores manobras de ultrapassagem da história da categoria, quando Nigel Mansell passou Gerhard Berger por fora na edição de 1990, quando ambos disputavam a segunda colocação. E isso foi um belo motivo para que os organizadores batizassem aquele trecho com o nome do "Il Leone".
Mansell tratou de relembrar a fabulosa manobra: “A notícia imediatamente trouxe à minha mente a minha inesperada manobra de ultrapassagem sobre Gerhard Berger na antiga Peraltada. Mal posso acreditar que isso foi há 25 anos, e que já se vão 23 anos da minha última vitória na pista. Tenho visto cuidadosamente o que os organizadores estão fazendo e estou muito ansioso para ver isso”
Foi uma bela lembrança e homenagem dos mexicanos para o velho Nigel, num dos melhores momentos do esporte.
Merecido.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Foto 534: Derek Warwick, Monza 1990

Da época que a velha Parabolica de Monza limitava a pista a um trecho de grama e o guard-rail e isso foi sentido na pele por Derek Warwick, quando escapou com a sua Lotus Lamborghini naquele local ao final da primeira volta batendo, capotando e deslizando alguns metros. Para a sorte do inglês ele estava um pouco distante do pelotão, o que ajudou a não ser acertado por outros.
O GP italiano foi reiniciado após a bandeira vermelha e com o seu número de voltas originais de 53 e Warwick pôde alinhar com o carro reserva, mas a sua participação terminou na volta 15 com problemas mecânicos.
Ayrton Senna venceu a prova, seguido por Alain Prost e Gerhard Berger.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

GP da Itália: Conquistando os Tiffosi

A primeira aparição de Sebastian Vettel frente aos tiffosi em Monza a serviço da Ferrari, só não foi melhor porque a vitória não aconteceu.
Desafiar o poderio da Mercedes neste atual estágio, é quase impossível e para vencê-los apenas uma quebra ou erros de estratégia e que poderiam ajudá-lo a chegar ao topo.
Mas de toda forma foi um dia sensacional para ele e a grande torcida da Ferrari. As palavras em italiano, o festejo junto da torcida e o desejo explícito em ter o GP italiano no calendário para o próximo ano, foi a chave para despertar de vez a paixão da torcida por Vettel.
Sebastian sabe muito bem como trabalhar o emocional da equipe e torcida e isso será importante para as demais temporadas na Rossa.

domingo, 6 de setembro de 2015

GP da Itália: Vitória na pista... e nos bastidores

(Foto: ESPN)
O GP da Itália não foi a melhor corrida do campeonato, mas também não foi a pior. Na média, foi como tantas outras de um campeonato que tem sido dominado de forma ampla por Lewis Hamilton. Se vocês quisessem alguma emoção, as câmeras da tv trataram de buscar as disputas intermediárias. Ali sim as disputas estavam mais animadas, mas mesmo assim não serviram para dar um ânimo maior a uma corrida que foi amplamente dominada por um cara só.
Interessante observar o passo que a Mercedes, especialmente a de Hamilton, teve hoje em Monza: o piloto inglês teve a sua disposição um novo propulsor que estava com alguns cavalos a mais que, por exemplo, Rosberg. Isso ficou claro desdes os primeiros treinos livres e a sua atuação hoje foi ainda emblemática. Nem mesmo com a evolução que a Ferrari introduziu neste seu GP caseiro, foi páreo para a Mercedes do inglês. A julgar pelo ritmo apresentado por Rosberg com uma especificação antiga, poderíamos ter tido uma corrida mais interessante em Monza e até mesmo com grandes chances de vermos a Ferrari vencer no velho circuito. Mas os alemães decidiram frear essa possibilidade mesmo antes de começar. E olha que a Ferrari conseguiu intrometer-se entre os prateados na classificação.
Sobre o ocorrido, fica a polêmica instalada: se para alguns a Mercedes (leia-se Hamilton) deveria ter sido excluída, para outros apenas uma reprimenda deveria ter sido dada sobre a polêmica dos pneus. O que eu penso é que cada um deve fazer o que bem entende. As lições do passado (Silverstone 2013) e recentemente em Spa, servem como alerta. Ignorar uma recomendação da Pirelli em relação ao uso da calibragem para certas corridas, sabendo do que pode acontecer mais adiante, fica a
cargo da equipe e se ela resolver andar com uma medição acima ou abaixo do é prescrito, ela que reponda pelo que pode acontecer com seus pilotos. Entendo que regras sejam regras e se todos concordaram com que foi dito, que seja cumprido. Mas essa é mais uma regra doida que acaba confundindo a cabeça de quem acompanha a categoria. Uma medição nos boxes, minutos antes da saída para o grid e outra já no grid, pode ajudar bastante nisso para as próximas provas.

GP da Itália: O que esperar?

Ao observar todos o treinos até aqui, fica mais do que fácil apontar uma vitória de Lewis Hamilton na corrida de Monza, mas não devemos descartar a Ferrari: mesmo que esteja ainda atrás dos carros prateados, a equipe sempre tem um trunfo na manga quando trata-se da corrida caseira, onde os tiffosi lotam o velho circuito mesmo que a equipe não esteja na melhor das fases. A primeira corrida de Vettel frente a torcida fanática, pode ser um bom impulso para que o tetra-campeão faça uma jornada bem positiva. E vale lembrar que alguns pilotos de ponta que correram no primeiro ano pela Ferrari, tiveram ótimos resultados no GP italiano: senão venceram na primeira visita, conseguiram ao menos completar o pódio.
E a largada de logo mais será importantíssima: com a presença das duas Ferraris logo a seguir, Hamilton terá que fazer uma saída bem limpa e segura, tentando rechaçar qualquer ataque que venha dos lados, afinal ele não terá a costumeira presença de Rosberg na primeira fila e isso requer uma atenção triplicada numa largada que tem uma longa reta até a primeira chicane. E olhando neste cenário, será dificil não ver um duelo entre os prateados e vermelhos pela vitória. Qualquer que seja a intromissão, até mesmo no resultado dos três primeiros no pódio, será uma grande surpresa.
E não estranhem se os hinos a serem tocados ao final do GP italiano seja aquela dobradinha que virou um grande clássico da categoria nos tempos de Michael Schumacher.
Quem entende do assunto, já matou a charada. 

sábado, 5 de setembro de 2015

Crash: Fórmula Renault 2.0 - Silverstone 2015

E as coisas estiveram bem animadas na etapa da Fórmula Renault 2.0, disputada em Silverstone.
Não bastasse a saída de pista que resultou numa decolagem, que fez o carro de Jehan Daruvala para sobre a barreira de pneus na saída da Maggots, Ferdinand Habsburg acabou voando ainda mais alto (bem alto, diga-se) ao bater na traseira de um competidor na entrada da reta principal do circuito inglês.
Os pilotos saíram bem dos dois mega acidentes.

Vídeo: O tributo da Indycar a Justin Wilson

Que belo vídeo este que a Indycar fez em memória a Justin Wilson, relembrando os grandes momentos dele desde a ChampCar até a IRL.

4 Horas de Goiânia - Uma estreia e tanto para Renan Guerra e Marco Pisani

Um inicio promissor: Marco Pisani/ Renan Guerra vencendo na estreia deles com Ligier e na classe P1 (Foto: Bruno Terena) O autódromo de Goiâ...